sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Afonso Costa, o mata-frades e herói dos esquerdistas

Talvez este ódio que o Afonso Costa tinha a uma parte importante da identidade portuguesa (o Catolicismo) revele a reverência que os militantes ateus tem por ele.

Ênfase adicionado.


Por Miguel Sousa Pinto

A alcunha de "mata-frades" dada a Afonso Costa pelos seus opositores reflecte bem a intensidade com que este político levou a peito a tarefa de desmontar o poderio da Igreja após o 05 de Outubro.

Mal assumiu a pasta de ministro da Justiça e Cultos no governo provisório saído da revolução, Afonso Costa decidiu-se a concretizar, com uma determinação pessoal que gerou amplo anedotário, um combate sem quartel aos poderes religiosos na política, sociedade, cultura e mentalidade portuguesas.

As ordens religiosas, principalmente os jesuítas, foram encerradas e o ministro em pessoa notabilizou-se pela sua participação nos interrogatórios dos religiosos condenados por não obedecerem às novas regras.

O ensino religioso foi retirado das escolas, o Estado torna-se laico [Falso. O Estado tornou-se anti-Cristão e não "laico"], o juramento de funcionários públicos e militares deixou de ter alusões a Deus, o divórcio foi instituído, o casamento passou a obedecer a registo civil...

Reparem como o esquerdismo usa a dissolução do casamento como um dos passos a tomar quando se quer destruir o Cristianismo.
a sequência de medidas tomadas pelo Governo nos primeiros meses da República é galopante e Afonso Costa foi um dos seus principais paladinos.

A convicção anti-clerical deste advogado nascido em Seia em 1871 vinha de longe e já em 1895 atacava violentamente as políticas sociais da Igreja na sua dissertação de doutoramento.

Quais políticas sociais? As casas de apoio aos órfãos? A ajuda aos pobres? A defesa da dignidade do ser humano?
A sua primeira intervenção política ocorreu em 1897 no Porto, num protesto contra o plano de alienar as linhas ferroviárias do Estado.

Desde então protagonizou várias lutas pela causa republicana, tendo sido eleito deputado em 1899 e disputado desde então várias eleições pelo círculo do Porto, ao mesmo tempo que conspirava intentonas, como o golpe do Elevador da Biblioteca, dias antes do regicídio de 1908.

Na Primeira República, Afonso Costa tornou-se rapidamente num dos políticos dominantes do regime, tendo anunciado a 29 de agosto de 1911, poucos dias após a aprovação da Constituição, o novo programa político do Partido Republicano Português.

Em 1912 promovia o aparecimento do Partido Democrático, mais radical, de que se tornou líder incontestado.

Pouco depois, em 1913, chefiava o seu primeiro governo e transformava o seu partido na força dominante da Primeira República até 1926.

Em 1915 liderava o seu segundo governo, assumindo a partir de março de 1916 a pasta das Finanças num executivo de unidade nacional - a "União Sagrada, decretada após a entrada de Portugal na I Grande Guerra - chefiado por António José de Almeida.

De abril a dezembro de 1917 regressou pela última vez à liderança do governo.

Nesta época chegou a invocar o marxismo e a luta de classes.

Óbvio. O ódio a Deus e o marxismo andam de mãos dadas.
Em outubro daquele ano visitou as tropas do Corpo Expedicionário na Flandres, acompanhado por Bernardino Machado. De regresso foi preso um tempo no Porto por ocasião do golpe de Sidónio Pais.

Após o assassinato deste, e terminada a Guerra, passou a chefiar a delegação portuguesa à Conferência de Paz, assinando em representação de Portugal o Tratado de Versalhes. Foi o representante português na primeira assembleia da Sociedade das Nações.

Em 1926, estando o Partido Democrático no poder, dá-se o golpe de 28 de maio que instalou a ditadura militar e que culminou no Estado Novo.

Afonso Costa exilou-se então em Paris e em fevereiro de 1927, juntamente com Álvaro de Castro, José Domingues dos Santos, Jaime Cortesão e António Sérgio, fundou a Liga de Defesa da República, em Paris.

No início do ano de 1937 foi indigitado Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa, cargo que já não chegou a assumir, já que faleceu a 11 de maio.

Ocultismo, ódio ao Cristianismo, marxismo e militância ateia.
O seu corpo encontra-se actualmente em Seia, no jazigo da família.
O descanso do seu corpo sem dúvida é bem mais tranquilo que o descanso da sua alma eterna.

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